terça-feira, 9 de novembro de 2010

Decisões da mãe indecisa!

Bastou termos recebido o resultado do BetaHCG POSITIVO para iniciarmos infinitos planos e junto com eles tomarmos inúmeras decisões. Primeiro decidimos o médico, o nome do bebê, o enxoval, a decoração do quarto, a maternidade, o tipo de parto... e quando relaxamos e pensamos que está tudo decidido, lá vem a tal da decisão nos atormentar novamente. Vivo indecisa acerca do que é melhor para minha filha. Acredito que isso aconteça com todas as mães, mas confesso que ultimamente esse mal tem me atormentado de forma avassaladora. Me surpreende o tanto de coisas que preciso me atentar à medida que a Malú cresce. Além das preocupações essenciais, como alimentação, higiene... o que mais tem me preocupado são os cuidados psicológicos e educacionais. Jamais pensei em desejar ser dona de casa. Mas ultimamente esse tem sido o meu maior desejo. Acho muito bacana as mulheres serem independentes, muitas serem chefes de família. Sonhava em ser um exemplo de mulher, hiper independente, fina, classuda. E depois de ser mãe, tudo o que mais quero é ter tempo para cuidar da minha filha, brincar, passear, ensinar, sem ter horas à cumprir, sem ter que depender de ninguém (principalmente a babá que também tem filhos, família, casa, cansaço, não tem plano de saúde, carro, e um monte de coisas que facilitam a nossa vida e dificultam e muito a dela). Mas quando penso que está tudo decidido, que vou jogar a toalha e viver sem lenço nem documento, curtindo a minha "velha infância" ao lado de minha "Bebê Delícia" levo um choque de realidade e logo raciocino: um dia ela irá crescer! Não precisará mais que a leve à pracinha; a conte histórias; nem que eu  tema em deixá-la o dia todo na escola, nem com alguma pessoa que de tempos em tempos demonstra-se insatisfeita (não só com sua profissão mas com a forma em que vive); e toda a vontade que nós mães temos em deixar nossos filhos sempre debaixo de nossas asas, virará mico! Sendo assim, onde estarei nesse instante?! Paralisada no mundo, vivendo a nostalgia de ver minha pequena saindo à noite, maquiando-se sozinha, indo e vindo pela rua sem que precise que eu a guie, pegue sua mãozinha para atravessar... novamente fico indecisa... o que fazer?! Não seria mais fácil parar o tempo para que eu pare com meus planos profissionais?! Ou então nossa futura presidente criar uma hiper bolsa mamãe feliz onde pudéssemos ser muito bem remuneradas para nos preocuparmos apenas com nossa família?! Em meio à tantas indecisões e decisões à serem tomadas, prefiro sonhar, imaginar como seria se pudéssemos congelar o tempo, ficar milionárias... enquanto nada disso acontece, decidi: vou desacelerar e curtir muito cada fase da minha filha, o máximo que eu puder!

4 comentários:

  1. Janinha (janainafagundes10@hotmail.com)9 de novembro de 2010 às 19:07

    Miga do céu,
    que coisa mais linda esse texto.
    Acho que todas nós passamos por isso né!? Essa indecisão sobre o que fazer...se ficamos mães 24 horas ou se dividimos esse tempo entre filhos e trabalho.
    Eu sou mãe e trabalho fora, mas hoje, com um filho de 7 e outro de 10 vejo o qto eles estão precisando de mim em tempo integral e tô no dilema sobre o que fazer...socorro...rsrsrs
    Beijocas
    Jana

    ResponderExcluir
  2. Jana, primeiramente MUITO obrigada pelo elogio ao texto! Fico mutio feliz que vc tenha gostado, muito mesmo!
    Quanto ao tema, acho que o que mais me desespera foi exatamente o que você acabou de colocar, sentindo a mesma necessidade que eu (e quase todas as mães, me refiro à mães de verdade, não apenas progenitoras rs)tendo filhos maiores, com 7 e 10 anos. Porque muitas vezes, nós mães de bebês pequenos achamos que isso irá passar e que por volta dos 5 ou 6 anos essa necessidade acaba. O que por um lado é muito vantajoso pensar assim, rapidamente nos dá uma sensação de alívio, tipo as donas do mundo,tipo: "isso irá passar!" A questão toda é que quando voltamos para a realidade e vemos nossas crias um pouco maiores, precisando que alguém lhe imponha limites,regras, o faça carinho, o acalente num momento de desespero... vemos que somos eternamente mães, e nossos pequenos independente do tamanho que já tenham alcançado, eternamente filhos, precisando senão de colo, atenção...
    Sinceramente Jana, acredito que seu caso seja mais delicado. Tendo um primogênito que não demora muito será um pré adolescente e um caçulinha louco para pular etapas e fazer as mesmas coisas que o irmão. Por isso reafirme a todo instante seu amor, seu papel de mãe, mas também mostre-se uma companheira, alguém em que possam contar.Disposta a dividir com eles sempre que o deixarem participar de alguma situação. Desligue-se do mundo exterior por alguns momentos, brinque com eles, faça programas que eles gostem assista junto ao futebol (mas se não for muito a sua praia, tente manter-se quieta e comentar apenas o óbvio(evitando se tornar uma chata kkk) mas não economize nos abraços e beijos na hora dos gols! rs! Não sei se pude te dar uma ajudinha... Mas já me ajudou muito poder desabafar isso aqui no blog! Talvez esse seja mias um dos "dilemas maternos" onde nos esforçamos, fazemos o nosso melhor e ... mesmo assim nos sentimos culpadas! Tudo bem, assumiremos a carga de sermos eternamente culpadas e felizes, por nos desdobrarmos, nos virarmos em tempo e cuidar d nossos filhos!

    ResponderExcluir
  3. Kethlen, como vc é profunda!!Realmente passamos por muitos momentos delicados desde o momento que aceitamos o presente de ser mãe. Vc conhece, atualmente, a minha rotina de trabalho e não foi diferente quando o Lukinhas era bebê. Pude contar com uma babá maravilhora nos 6 primeiros anos dele e tb com a escola(escolhida a dedo)...Sempre acreditei na qualidade do tempo passado juntos e não na quantidade e percebo que este é o melhor caminho...muitos almoços, lanchinhos, cinema, momentos de estudo que permitiram estreitar os laços da convivência entre mãe e filhote.
    Hj o Lucas está um rapazinho e já caminho com as próprias pernas(principalmente qdo a mamãe está sem carro...rsrsrs)mas tenho tranquilidade ao dizer que dei o melhor de mim,que fui e sou referencia positiva e amiga pra ele. O nosso coração de mãe nos ajuda a dosar porções de carinho, broncas,chamegos, cobranças... mas não se culpe por sua rotina, afinal não conseguimos ser só mãe...o nosso lado mulherzinha, dona de casa, profissional, amiga, amante está sempre presente...Amém!!!

    ResponderExcluir
  4. Nádia rs é impossível falar de filhos ( e principalmente das coisas que nos atormentam em relação à eles sem sermos profundas! rs).
    Mas saiba que o seu exemplo de mãe,dedicada,parceira e carinhosa é um incentivo e tb muito importante para outras mães, assim como eu. Obrigada por dividir mesmo que resumidamente seu ponto de vista conosco! Saiba que é de grande valia! Até pq hj, o Lucas além de um rapaz de 14 anos, continua sneod um parceirão para vc.Que mãe não deseja isso?! Sem dúvidas, esse é o reflexo de uma criação bem dosada, atenciosa e amorosa! Parabéns!Tomara que eu consiga o mesmo com a minha pequena!

    ResponderExcluir